Este filme conta a historia de Tessa scoot (Dakota fanning) que sofre de leucemia em estado terminal, neste resto de vida que lhe resta ela faz uma lista de desejos do que ela quer fazer antes de morrer, uns itens da lista " ter fama", " sexo", "ser uma criminosa", e coisas que levamos a vida inteira pra fazer que ela estava tentando viver em poucos meses. Tessa tinha o amor de seu pai, mae e do seu irmão mas também teve o amor de uma pessoa especial que lhe deu alegria ate nos últimos momentos de vida. É um filme muito bom e cheio de sentimentos vale a pena assistir é uma lição de vida..
Matemática do amor
Mona Grey, garota que, após ver seu pai, um brilhante matemático, sofrer de uma doença mental, decide se isolar em números e contas. Quando ela se torna uma professora de matemática – e precisa interagir com os outros – sua vida começa a mudar.
Mona Grey (Jessica Alba) é uma garota que vive em seu próprio mundo. Mas seu isolamento se torna maior quando seu pai (John Shea), um brilhante matemático, adoece e a mãe (Sônia Braga) a coloca para fora de casa.
Na verdade, ela deseja que a filha tenha amigos e um trabalho. Sem seu companheiro de números, a tímida e introvertida Mona começa a lecionar matemática em seu antigo colégio. Um emprego arranjado por sua mãe.
Apesar de nunca ter dado aulas, Mona desenvolve um método que conquista os novos e problemáticos alunos do segundo ano.
A convivência com eles e com um professor de ciências (Chris Messina) a leva a conhecer e interagir com um novo mundo.Sendo apegada com uma aluna cujo perdeu a mãe de câncer e que morava com a tia que a odiava, toma uma decisão de adotar a menina e assim formar uma familia ela a menina e Chris.
gostei e recomendo
A Menina Do País das Maravilhas
Phoebe(Elle Fanning) é uma menina de aproximadamente nove anos,
cujo tem um problema incompreensivo por todos ao seu redor, em um mundo onde o
foco é ser igual aos outros e obedecer a regras, Phoebe prefere viver no
país das Maravilhas onde regras não existe e suas palavras podem
sair sem ser repreendida por ninguém. A historia
envolve a irmã mas nova em busca de atenção, seus pais que mal tem tempo para
as filhas, sua professora de teatro que parece entende-la, seu amigo o qual vive no mesmo mundo de Phoebe, e os colegas da escola cujo não entendem o
comportamento dela, e principalmente os personagem do país das maravilhas que
aparecem ao longo do filme.
Ao contrário do País das Maravilhas (que a Phoebe
idolatra) a escola é o pior lugar para se estiver devido às inúmeras regras que
têm que ser seguidas. Phoebe é uma criança que adora perguntar e a primeira
regra da instituição é: "As perguntas devem ser feitas só quando for à
hora certa de fazer perguntas". O que ela não entende, e nem consegue
encontrar a resposta, é: quando é a hora certa de fazer perguntas? A partir daí
surgem outros questionamentos que também não são respondidos ,os pais
passam pouco tempo com as filhas devido ao trabalho. O filme explora, também, a
dificuldade dos pais, sobrecarregado com seus trabalhos, que não conseguem
administrar o tempo para dedicar-se à criação das filhas. A mãe, Hillary
(Felicity Huffman), está trabalhando na história de Alice no País das
Maravilhas, mas sente dificuldade em terminar sua tese devido às tarefas
domiciliares, e a falta do pai Peter (Bill Pullman), que pouco ajuda na
criação das crianças. Hillary, no entanto, é a primeira a perceber que o
comportamento de Phoebe está piorando e se culpa por isso, sente que devido ao
seu trabalho (cansaço, stress, pressão) e por passar pouco tempo com as filhas,
tenha de alguma forma, afetado o comportamento de Phoebe, fazendo com que sua
situação piorasse.
A filha
mais nova reclama constantemente que não "suporta mais" ter
que fazer tudo que a irmã quer, pede ou espera. Com esse discurso, conclui-se
que Olivia (Bailee Madison) se sente excluída e sozinha, ou, como ela mesma
descreve: "eu sinto angustia", por não receber a mesma atenção que a
irmã e por ter que ficar resolvendo os "problemas" em que Phoebe se
mete. É de uma personalidade forte, inteligente e precoce. Demonstra a todo o
tempo o quanto se acha excluída dos assuntos. Então o filme apresenta
Phoebe diante da decisão de se inscrever ou não na peça que será produzida
pela escola. Além disso, a menina precisa seguir com seu ritual de não pisar na
"fenda" das cerâmicas, caso contrário a "espinha" da
sua mãe quebra.É apresentado um momento na escola em que todas as crianças
brincam de "pega”, no entanto, Phoebe se recusa a participar da atividade
e, quando se sente ameaçada, cospe em uma das colegas e profere palavras
inapropriadas. Os pais são convidados a comparecerem à escola devido ao
comportamento da filha, quando então são questionados se há algo acontecendo em
casa. Decidida, Hillary busca maneiras de suprir a carência das filhas,
dedicando um tempo a mais com elas.
Phoebe
finalmente decide participar da peça, mas acaba se atrasando porque, segundo
ela, "precisa lavar as mãos muitas vezes", no entanto, esse acontecimento
não a impede de realizar o teste."Se você quer muito uma coisa, precisa
rezar ou fazer alguma coisa que você odeia" esse é o conselho que Phoebe
recebe do amigo Jamie Madison (Ian Coletti), que também apresenta um
comportamento diferente dos demais (segundo a escola). Jamie prefere brincar de
boneca, casinha e escolhe ser a Rainha de Copas, assim é chamado pelos colegas
de "bixinha". Ao ouvir isso, Phoebe passa a dedicar-se a um novo
ritual: contar quadradinhos na calçada, girar três vezes, subir as escadas
pulando até cansar (ficar tonta e cair). As falas que repete dos outros, os
deboches e os palavrões também aumentam de frequência, a mesma
maneira que a pressão por conseguir o papel aumenta.
TOC (Transtorno Obsessivo
Compulsivo)
De
início, com as características que o filme passa nas primeiras cenas,
acredita-se que Phoebe provavelmente tenha Transtorno Obsessivo Compulsivo
(TOC), que se caracteriza pela presença de obsessões, que podem ser definidas
como eventos mentais: pensamentos, ideias, impulsos e imagens, sendo
vivenciados como invasivos e incômodos. Por serem produtos mentais, as
compulsões/obsessões podem surgir a partir de qualquer evento substrato da
mente, podendo ser ideias, preocupações, imagens, memórias, músicas, filmes,
cenas, palavras, momentos. Sendo assim, as compulsões podem ser definidas como
comportamentos ou atos mentais que se repetem inúmeras vezes, realizados como
uma forma de diminuir as tensões, incômodo, ansiedade ou para evitar que algo
que é temido venha ocorrer (MERCADANTE; CAMPOS, 2000). Ainda segundo
Mercadante e Campos (2000), as obsessões de contaminação, medo de ferir-se ou
ferir os outros, sexuais, repetição, checagem e rituais de tocar em objetos ou
pessoas são mais comuns em crianças e adolescentes.
Vale ressaltar que, rituais e
superstições são comuns durante o desenvolvimento infantil. Surgem geralmente
com o objetivo de auxiliar no desempenho e dar uma sensação de controle ao que
se refere a imprevisibilidade dos eventos.Além disso, esses rituais não
interferem no funcionamento da criança e não tem frequência ou intensidade dos
SOC (sintomas obsessivo-compulsivos), porém, como se tratam de
comportamentos repetitivos, podem ser confundidos com os SOC, por isso é
importante reconhecer quando as superstições, bem como os rituais, tornam-se
patológicos e quando as crianças necessitam de ajuda. Deve-se levar em conta: a
faixa etária, duração diária dos comportamentos, intensidade e se interferem
nas suas atividades e no seu desenvolvimento. Para que um indivíduo
seja diagnosticado com TOC é necessário que os comportamentos
obsessivos causem interferência ou limitação nas suas atividades rotineiras,
que consumam seu tempo e que causem sofrimento tanto para o paciente quanto
para as pessoas que fazem parte do ciclo social (MERCADANTE; CAMPOS, 2000).
Então é possível que Phoebe tenha TOC, pois lava as
mãos ao ponto de feri-las, realiza as contagens de blocos e giros e que se caso
for interrompida deve começar novamente (o que a deixa muito
angustiada), movimenta os dedos de maneira coordenada (ritual para conseguir o
papel), sobe desce escadas pulando, não pisa na fenda dos azulejos para não
ferir a mãe. Tais comportamentos causam incômodo na criança e nas pessoas que
lhe cercam, interferem seus estudos e causa ferimentos físicos.
Mas enquanto as frases sem nexos, as palavras
inapropriadas, as repetições vocais que Phoebe também apresenta do início ao
fim do filme? Trata-se da Síndrome de Gilles de La Tourette, geralmente é
manifestada na infância podendo abranger estágios crônicos. De acordo
com o DSM-IV a síndrome se caracteriza por "tiques", ou seja,
movimentos ou vocalizações súbitos, rápidos e recorrentes, que correm
frequentemente da mesma maneira, podendo se manifestar em qualquer parte ou
conjunto de partes do corpo, apresenta-se também na forma de
vocalização. (HOUNIE; PETRIBÚ, 1999).
A síndrome de Tourette,
também conhecida como Síndrome de La Tourette (SGT ou ST), é um
distúrbio neuropsiquiátrico que se caracteriza por múltiplos tiques, motores ou
vocais, que perdura por mais de um ano e normalmente instala-se na
infância (...). Também existe os tiques vocais, que abrangem ruídos não
articulados, como tossir, fungar ou limpar a garganta e missão parcial ou total
de palavras. Em menos da metade dos casos, observam-se a coprolalia e
copropraxia, que é a utilização involuntária de palavras e gestos
obscenos, respectivamente; a expressão de insultos, a repetição de
um som, palavra ou frase referida por outra pessoa, que recebe o nome de
ecolalia (MELDAU, s/p, s/d).
Para que o indivíduo receba o diagnóstico de
Síndrome de Tourette é preciso a presença de tiques motores múltiplos, um ou
mais vocais durante a síndrome, ocorrência dos tiques diversas vezes ao longo
do dia por mais de um ano, início na infância ou adolescência, incômodo ou
angústia provocados pelos tiques, incapacidade de autocontrole.
Além disso, Phoebe apresenta:
Ecolalia:
repetição não significativa da fala dos outros;
Palilalia:
repetição das próprias palavras, sílabas e sons;
Coprolalia:
além de repetir as frases ou sons alheios, sente-se obrigada a proferir
palavras obscenas ou insultos, quando não é apresentado de forma vocal, é
demonstrado como um tique motor, no caso de Phoebe: cuspir.
Mas o que se pode fazer em
relação a isso? A Síndrome não tem cura, mesmo que exista, de fato, a
possibilidade de remissão dos sintomas no decorrer do tempo. Quando Hillary
escuta do psiquiatra sobre o diagnóstico de Phoebe, ela inicialmente
nega que isso possa estar acontecendo, mas depois se culpa ao acreditar que não
é uma boa mãe. Além disso, a mãe se recusa a dar remédios e julga que todos os
médicos acreditam que as crianças giram em torno de rótulos e medicações. Apesar
de todo o transtorno causado entre ela e o psiquiatra no final da trama,
compreende-se que existem outros meios de seguir com a vida, mesmo que alguém
do nosso círculo apresente comportamentos especiais.
A professora de teatro também é peça
fundamental durante o desenvolvimento de Phoebe e seu
autoconhecimento. É durante os ensaios e os ensinamentos de Miss Dodger que a
criança consegue manter-se concentrada e controlar seus impulsos.
Destaco também que Phoebe, devido ao seu transtorno, ao bullying
provocado pelos colegas de classe, a castração por parte da escola (respeite as
regras) e os conflitos familiares, sente-se livre e feliz dentro de sua
imaginação (alucinações). Para ela, viver no país das maravilhas é o único
jeito de obter felicidade plena, pois, assim como Alice, ela também precisa
se resignificar a todo o momento. À sua volta está um mundo estranho
e é difícil lidar com os problemas de ser diferente e, por ser
assim, a peça é o que mais aproxima a realidade da imaginação.
Não se trata unicamente da Síndrome de
Tourett e TOC, mas além desse universo, a atmosfera do filme também trabalha a
maneira de como as pessoas escolhem seus papeis, e de como cada uma delas
conseguem conduzir suas vidas sem que isso mude o que de fato elas são. O filme
trabalha com clareza essas situações, e durante toda a história recebemos
informações de como aquela família pôde aprender a conviver com toda a situação
de Phoebe e o mais importante: como Phoebe poderia seguir em frente, com a
consciência de que, apesar de ser diferente dos seus colegas, continua fazendo
parte da mesma equipe. É um ótimo filme
recomendo.
“... em certo momento da sua vida
você vai abrir os olhos e ver quem realmente você é. Especialmente por tudo que
a tornou tão diferente de todos os horrivelmente Normais. (Miss Dodger)"
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